APRESENTAÇÃO

Este portal é fruto da Plenária dos Movimentos de Base realizado no Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT), nos dias 05 e 06 de junho de 2010 na cidade de Santos. O Fórum tem como objetivo organizar a luta dos trabalhadores pela base e por isso se constitui com ativistas, militantes, oposições e organizações por local de trabalho, estudo e moradia. Suas ações são pautadas no classismo e na solidariedade de classe, de modo a romper o legalismo e o corportivismo. Tal Fórum compreende a necessidade de um movimento de oposição pela base que seja anti-governista, combativo e classista, ou seja, não concilie com o governismo e lute pelo fim da estrutura sindical (imposto sindical, carta sindical e unicidade sindical).

“A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores”

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Próximas Reuniões

Reunião do Fórum de Oposição Sindical, Popular e Estudantil (FOSPE) - DF

dia 28/09, às 18:30

No SINDÁGUA


Reunião do Fórum de Resistência Sindical e Popular pela Base - RJ

dia 30/09, Às 19:00

Na ASSERTE

SETEMBRO “AMARELO”

Campanhas salariais sabotadas para não atrapalhar o circo eleitoral

Setembro é marcado por campanhas salariais de importantes categorias. Entre elas destacam-se metalúrgicos, petroleiros, bancários e trabalhadores dos Correios. O mês que outrora era denominado de “setembro negro” pela patronal devido a ser um período de greves radicalizadas, lembrando os heroicos combatentes palestinos que em setembro de 70 enfrentaram o exército jordaniano, transformou-se em um verdadeiro “setembro amarelo” pelas direções sindicais “chapa-branca” controladas pelo governo da frente popular.

Os sindicatos metalúrgicos nos principais pólos industriais estão fechando seus acordos coletivos, negociando isoladamente com os patrões por grupos de produção. Não é de surpreender que tanto os sindicatos ligados à CUT como aqueles dirigidos pela Conlutas ou mesmo a Intersindical, estão comemorando o mesmo índice obtido pela categoria de 9%, ambos frisando as vantagens do suposto “aumento real” de 4,5%. Em São José dos Campos, o Sindicato dos Metalúrgicos dirigido pela Conlutas festejou ter desenvolvido pela primeira vez a campanha salarial unificada com ninguém menos que as máfias da Força Sindical e da CGTB no setor das montadoras, um dos primeiros a fechar acordo coletivo, deixando para trás o setor aeronáutico que nem sequer recebeu proposta da Embraer.

O chamado “aumento real” está sendo utilizado como mote de campanha há algum tempo pelas direções sindicais para ser vendido como “vitória” nas campanhas salariais. Das direções cutistas à “oposição” capitaneada pela Conlutas e Intersindical, todos respeitam a maquiagem pincelada pelos institutos responsáveis nos índices oficiais e desprezam a exorbitante lucratividade das indústrias, montadoras e dos conglomerados financeiros que usaram o pretexto da “crise financeira mundial” para reduzir custos e demitir em massa. Este advento serviu para estes barões sangrarem as economias nacionais apresentando balanços negativos, recebendo do governo Lula isenção de IPI no caso de setores industriais, isenção no depósito compulsório junto ao Banco Central no caso do capital financeiro, ou mesmo anistia de suas dívidas, como foi recorrente no agronegócio.

As categorias nacionais que ainda não encerraram suas campanhas, não apontam perspectivas muito diferentes da adotada no setor metalúrgico. A FUP (Federação Única dos Petroleiros), ligada a CUT deve aceitar a proposta da Petrobras que varia em torno deste patamar de reajuste, de 8 a 9%. Os sindicatos que romperam com a FUP e gravitam em torno da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) retrocederam da proposta de greve para ser deflagrada em 25 de setembro diante da pressão da FUP em abraçar a nova proposta da empresa.

Os trabalhadores dos Correios, conhecidos como ecetistas, que representam o setor mais radicalizado destas categorias, protagonista de várias greves contra o arrocho salarial e o desmonte da estatal sob o governo Lula, estão bastante fragilizados. Os traidores da FENTECT ligados ao PT e ao PCdoB assinaram à revelia da categoria, no ano passado, o odiado “acordo bianual”. Esta era uma orientação da frente popular para ser seguida em categorias que mais se enfrentaram com o governo Lula, como correios e bancários. O objetivo era impedir campanhas salariais durante as eleições presidenciais, para evitar qualquer desgaste à imagem da sucessora de Lula. O resultado foi a empresa humilhar os mais de 110 mil trabalhadores com a esmola de 0,1% de aumento salarial, além de intensificar os ritmos de trabalho neste final de ano. A “resposta” da direção vendida da FENTECT foi comprometer-se a não realizar nenhuma greve até dezembro, período em que continuará “conversando” com a direção dos Correios.

O chamado “Bloco de Oposição” dos “17 sindicatos” (setores do PT, PSTU, PSOL e PCO) havia montado um plano de lutas que preparava a greve nacional para 15 de setembro, mas declinaram desta decisão temendo o enfrentamento direto com a burocracia sindical governista, já que uma parte dos sindicatos do “Bloco de Oposição” é ligada ao próprio PT, apoiadores da candidatura Dilma.

O comando de negociação dos bancários já passa pela 4ª rodada de negociação com os banqueiros agrupados na FENABAN. Além da truculência dos parasitas, a burocracia sindical cutista está bastante condicionada a não criar nenhum mal-estar com o setor do qual a economia brasileira é refém. Embora a Contraf-CUT cogite deflagração de greve nacional, aponta-a apenas para depois das eleições de 03 de outubro, uma vez que a primeira assembleia da categoria desta campanha salarial está indicada somente para 28 de setembro, muito embora esta enrolação já dure dois meses.

Enquanto a burocracia sindical governista conformada pelas centrais chapa-branca (CUT, CTB, Força Sindical...) seguem centralizadamente uma orientação política de não causar nenhum empecilho para a eleição da candidata oficial da burguesia e da burocracia sindical, Dilma Rousseff, mantendo assim o pacto social vigente nos oito anos do governo da frente popular, as direções auto-intituladas de esquerda, como PSTU e PSOL agrupados na Internsindical e na Conlutas, além do próprio PCO ardoroso defensor da CUT, desenvolvem uma campanha economicista vulgar desvinculado do combate político ao governo Lula. Na prática, buscam diferenciar-se dos pelegos governistas pelos índices econômicos reivindicados. No caso dos metalúrgicos, ficou demonstrado que nem este “diferencial” foram capazes de sustentar neste ano. A Conlutas vem padecendo dos mesmos vícios sindicais de seus parceiros e perdeu no Conclat uma oportunidade de tentar unificar pela base a campanha salarial das diversas categorias em luta, para colocar contra a parede o governo Lula, patrão dos trabalhadores dos Correios, petroleiros e um setor dos bancários.

É fundamental para enfrentar a ofensiva dos patrões a retomada dos métodos de luta de ação direta, com assembleias massivas democráticas e greves unificadas para arrancar verdadeiros aumentos salariais e fazer avançar a consciência política da classe, a fim de aumentar o potencial de combate contra os seus inimigos de classe que têm imputado derrotas econômicas, sociais e políticas aos trabalhadores.

Liga Bolchevique Internacionalista
www.lbiqi.org

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PLENÁRIA DE MOVIMENTOS DE OPOSIÇÃO –DFE


Diante uma realidade no Distrito Federal e Entorno de greves fragmentadas e corporativistas, dirigidas pelas direções sindicais pelegas que agindo com os patrões e o Estado impõe diversas derrotas para classe trabalhadora, convocamos todos os trabalhadores e militantes do movimento sindical, popular e estudantil a participarem da Plenária de Movimentos de Oposição do DF e Entorno com o intuito de impulsionar os primeiros passos rumo a uma verdadeira reorganização do movimento sindical-popular brasileiro:

DIA: 04 de Setembro (Sábado)

HORA: 13:30h

LOCAL: Auditório do Sindágua (CONIC – Venancio 5, sala 208)


Construir um Sindicalismo Classista e Combativo!

FORA CUT, CTB e UNE PELEGAS!


Apoiadores: trabalhadores metroviários, Sindágua-DF, trabalhadores gráficos, Oposição CCI ao DCE-UnB, Rede Estudantil Classista e Combativa.

Reunião do Fórum de Resistência Sindical e Popular pela Base - RJ

Proposta de Pauta:

- Informes
- Definição da política de propaganda (todos os textos já estão na rede)
- Plenária Nacional



DIA: 02 de Setembro (quinta)

HORA: 19:00

LOCAL: ASSERTE - Rua São José, 50 Sobreloja