As condições de trabalho e de estrutura na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro se encontram cada vez mais precárias e tendem a piorar com a implementação do Sistema de Avaliação do Ensino do Rio de Janeiro (SAERJ). O principal objetivo desse sistema não é melhorar a educação, e sim melhorar o índice do IDEB. Para isso vai premiar as escolas e as regionais que atingirem 95% e 80% de aprovação respectivamente dando até dois salários mínimos a mais durante o ano, fragmentando ainda mais a categoria. Além disso punirá professores e escolas, economizando dinheiro público no investimento da educação e aumenta o foço entre escolas de excelências, possivelmente com algum investimento privado, e o restante do sistema de ensino estadual falido, como já se encontra.
Tal tipo de avaliação foi feito nos EUA e acabou com as escolas públicas, segundo a própria gestora Diane Ravitch, assistente do secretário de Estado da Educação no Governo do Bush Pai.
Essa política atingirá fundamentalmente os trabalhadores da educação em cada unidade escolar que trabalha. Agora, além dos baixíssimos salários, falta de benefícios, material escolar, turmas superlotadas sofreremos a pressão para aplicação do SAERJ que em nada melhorará as condições de trabalho, e conseqüentemente o ensino do Estado do Rio de Janeiro. Isso significa que já existe uma grande pressão, e assédio moral, para aplicação das provas. Além da pressão no ambiente de trabalho, os professores serão responsáveis pela aplicação e correção da prova de avaliação, que será fiscalizada por um “representante” do Estado.
As condições precárias de trabalho têm refletido no números de escolas que os professores trabalham na rede estadual e outras jornadas em colégios particulares. Assim, a categoria tem se acostumado ao intenso trabalho gerando doenças físicas e psicológicas, uma vez que não houve resistência organizada pela direção do sindicato.
Infelizmente a direção do SEPE serve aos interesses dos partidos políticos e das correntes políticas, seja para eleição de seus deputados e vereadores, seja para manutenção de suas estruturas partidárias. Neste sentido, os partidos que deveriam ajudar a organizar a classe trabalhadora têm no nosso caso gerado um efeito desmobilizador. Ausente das escolas e presente no parlamento e na nas reuniões com o governo. Este é o SEPE.
O governo se aproveita da desmobilização e desorganização provocada pela própria direção do sindicato, e pela fragilidade da categoria, que está desmotivada e desmoralizada, oferecendo alguns pequenos benefícios como o Vale Cultura e o pagamento de parte das passagens. Neste sentido, os trabalhadores da educação têm que se organizar por local de trabalho e construir um movimento com base na ação direta, ou seja, que nossas conquistas só virão das força de nossas mobilizações e não de acordos de parlamentares e de gabinete que tem levado nossa categoria a essa situação pela qual passamos.
PROPOMOS:
- BOICOTE AO SAERJ
- PISO DE 3,5 SALÁRIOS MÍNIMOS PARA FUNCIONÁRIOS E 5 PARA PROFESSORES
- PAGAMENTO INTEGRAL DAS PASSAGENS
- BENEFÍCIO ALIMENTAÇÃO
- UMA MATRÍCULA, UMA ESCOLA
- CARREIRA ÚNICA DA EDUCAÇÃO ESTADUAL
Construir as Oposições e Avançar a Luta!!!
Pela Construção de um Sindicalismo Revolucionário!!!
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