
MALCOM X
Este portal é fruto da Plenária dos Movimentos de Base realizado no Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT), nos dias 05 e 06 de junho de 2010 na cidade de Santos. O Fórum tem como objetivo organizar a luta dos trabalhadores pela base e por isso se constitui com ativistas, militantes, oposições e organizações por local de trabalho, estudo e moradia. Suas ações são pautadas no classismo e na solidariedade de classe, de modo a romper o legalismo e o corportivismo. Tal Fórum compreende a necessidade de um movimento de oposição pela base que seja anti-governista, combativo e classista, ou seja, não concilie com o governismo e lute pelo fim da estrutura sindical (imposto sindical, carta sindical e unicidade sindical).
“A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores”
Agitação/Atividades.
1) Panfletagem para o 20 de Novembro (dia da consciência negra). Prazo até 8 de novembro para entregar.
2) Organização de debate sobre Mario Alves dia 17 de Janeiro.
Orgão de Propaganda Nacional
Jornal "A Voz da Resistência"
DIAS 16 E 17 DE OUTUBRO
RIO DE JANEIRO/RJ
DIA 16/10
14:00 - 17:00
Conjuntura (avaliações nacionais, internacionais e do movimento Sindical-popular-CONCLAT)
17:30 - 20:30
Formas de Organização
DIA 17/10
9:00
Organização do Fórum (propaganda, coordenação, agitação) e Encaminhamentos.
Auditório do SINDSCOPE (Sindicato do Servidores do Colégio Pedro II),
Convidamos todos os lutadores a Plenária Nacional de Oposição pela Base a ser realizado no Rio de Janeiro. O Fórum se constituiu a partir das plenárias organizadas no CONCLAT em Santos (Junho de 2010) para discutir e encaminhar possíveis atuações unitárias dos setores classistas e combativos do movimento sindical, popular e estudantil.
O fórum de resistência sindical e popular pela base é uma iniciativa de militantes do movimento sindical, popular e estudantil contra as atuais práticas políticas que tem se observado nos principais espaços de organização dos trabalhadores. Estas práticas que englobam decisões em cúpulas, crenças na pactuação com governo e empresários, greves fragmentadas, corrupção nas direções sindicais, defesa do interesse de correntes políticas específicas e lutas travadas na burocracia nada somam para a consolidação de um movimento efetivamente de base comprometidos com as decisões e caminhos apontados pelos próprios trabalhadores em suas assembléias em seus locais de trabalho.
Nesse sentido, a primeira tarefa é o rompimento com a aliança velada com o governo e com as práticas corporativistas que tanto enfraquece nossas lutas. Devemos romper com as organizações fragmentadas e lutas corporativistas isoladas, típicas do sindicalismo de resultados, e construir organizações unificadas de luta pela base. A reorganização efetiva não é a aliança entre partidos e correntes sindicais. A missão é mais complexa, séria e abrangente. Exige comprometimento com o debate e deliberações nas bases.
Precisamos construir um movimento de oposição nacional que possa lutar autonomamente, unificado por bandeiras de luta comuns e organizados desde os locais de trabalho. Neste sentido, é necessário construir um movimento amplo, que defenda o caráter sindical-popular-estudantil, as lutas unificadas pela base e a ação direta de classe.
Diante uma realidade Nacional pós liquidação da CONLUTAS e formação da CSP – Conlutas que gerou um processo desorganizativo no conjunto dos setores combativos que procuravam se organizar e lutar contra o governismo da CUT e CTB, convocamos todos os trabalhadores e militantes do movimento sindical, popular e estudantil a participarem de uma Plenária Nacional de Movimentos, Militantes e ativistas de Oposição com o intuito de impulsionar os primeiros passos rumo a uma verdadeira reorganização do movimento sindical-popular brasileiro com vista a construção de uma alternativa classista e combativa para a juventude e a classe trabalhadora brasileira.
DIAS 16 E 17 DE OUTUBRO
RIO DE JANEIRO/RJ
LOCAL: Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II
(SINDSCOPE)
DIA: 04 de Setembro (Sábado)
HORA: 13:30h
LOCAL: Auditório do Sindágua (CONIC – Venancio 5, sala 208)
Construir um Sindicalismo Classista e Combativo!
FORA CUT, CTB e UNE PELEGAS!
Apoiadores: trabalhadores metroviários, Sindágua-DF, trabalhadores gráficos, Oposição CCI ao DCE-UnB, Rede Estudantil Classista e Combativa.
Proposta de Pauta:
- Informes
- Definição da política de propaganda (todos os textos já estão na rede)
- Plenária Nacional
DIA: 02 de Setembro (quinta)
HORA: 19:00
LOCAL: ASSERTE - Rua São José, 50 Sobreloja
Convidamos todos os lutadores para a reunião do Fórum de Oposição pela Base a ser realizado no Rio de Janeiro. Outros fóruns estão sendo organizados também no Centro-oeste, Nordeste e Sul.
O Fórum se constituiu a partir das plenárias organizadas no CONCLAT em Santos (Junho de 2010) para discutir e encaminhar possiveis atuações unitárias dos setores classistas e combativos do movimento sindical, popular e estudantil.
O Fórum tem como objetivo organizar a luta dos trabalhadores pela base e por isso se constitui com militantes, ativistas e movimentos por local de trabalho, estudo e moradia. Constituindo-se como uma alternativa de luta real para o conjunto da classe trabalhadora.
Pautas
1. Informes
a) Congresso dos Estudantes da UFC de 26 a 28 de agosto. A oposição escreverá tese ao Congresso.
b) Será realizado no dia 10 de agosto o Dia Nacional de Luta da Conlutas.
c) Está sendo realizado na UFC durante os dias 1 a 5 de agosto o Fórum Transnacional de Emancipação Humana, organizado pelo grupo Crítica Radical, que aderiu a campanha "humanitária" do imperialismo contra Cuba e sucursal do grupo Krisis no Brasil, inspirado por Robert Kurtz, defensor do direito de Israel a massacrar aos palestinos e suas
organizações políticas.
2. Pautas
a) Análise de Conjuntura e do CONCLAT
Foi feita análise de conjuntura internacional e nacional, reconhecendo uma ofensiva crescente da burguesia mundial contra os trabalhadores nas últimas três décadas, após a restauração capitalista na URSS e no Leste Europeu (1989-1991), a reação contra os ataques de organizações guerrilheiras afegãs de 11 de setembro (2001) chamada de "guerra ao terror" após e que agora se acentua com os governos do mundo todo impondo a conta da crise capitalista (2007-2009) sobre os trabalhadores. Estes ataques tem encontrado uma resistência heróica dos trabalhadores, mas não organizada a altura para frear e menos ainda para derrotar a ofensiva. Isto é assim, porque se por um lado as direções tradicionais do movimento como no Brasil no caso do PT e PCdoB assumiram diretamente a gestão do Estado burguês contra as massas, por outro, a ala esquerda da frente popular, encabeçada pelo PSOL e PSTU capitula tanto no plano teórico, político e economico a ofensiva imperialista, assumindo a organização da derrota das lutas e ainda quase sempre vendendo derrotas vergonhosas como vitórias, aumentando assim a perda de referência e a desmoralização da militância. Foi esta política de conciliação que levou a liquidação da Conlutas em favor da unidade com os pára-governistas da Intersindical/ PSOL e por isto o Conclat já nasceu falido como instrumento da classe trabalhadora, sendo sua implosão parte da pressão da frente popular, sobre os sindicalistas eleitoralistas do PSTU e do PSOL. No Ceará, até pouco tempo atrás o PSOL integrava a administração Luizianne Lins com quem este partido ainda mantém uma política de apoio critico. A Conlutas comemorou a conquista do Sindicato dos Rodoviários e faz propaganda nacional de sua condução no Sindicato da Construção Civil, mas o estado é onde o PSTU apresenta exemplos escandalosos de seu oportunismo, ocultando que a sua principal figura pública e dirigente histórico deste sindicato, Raimundão, vendeu-se para o governo da frente popular PT-PSB-PCdoB, tendo ingressado no partido do oligarca Cid Gomes (PSB). Apesar disto, o PSTU mantém uma política de convivência pacifica com o transfuga dentro do Sindicato. A mesma política oportunista se vê no movimento sindical (judiciários, professores e bancários) e estudantil (DCE-UFC) por parte do PSOL e PSTU. Tudo isto aponta para o fracasso do oportunismo eleitoral da Frente de Esquerda em 2010 e do oportunismo sindical no CONCLAT e necessidade urgente da construção de uma alternativa combativa e revolucionária dos trabalhadores e da juventude.
b) Manifesto e concepção do Fórum
Foi encaminhado a partir da reunião entre a TRS/LBI e companheiros da UNIPA no RJ, no dia 24 de julho uma proposta de Manifesto do Fórum de Oposição pela Base. A nosso ver o manifesto deve ter como objetivo dar visibilidade e organicidade ao Fórum como uma alternativa classista, combativa e revolucionária ao governismo e para-governismo. Deve abordar pontos importantes para o atual momento como o governo Lula/ PT, crise econômica, os fracassos do oportunismo sindical de PSOL/ Intersindical e PSTU no CONCLAT e a denúncia do circo eleitoral burguês. O objetivo do manifesto a ser assinado pelas entidades sindicais, estudantis e organizações políticas que compoem o fórum seria o de propagar um pólo de atração dos setores de oposição ao
governismo e oportunismo. O Fórum também seria uma ferramenta de frente e unidade classista entre as bases sindicais, estudantis e populares, um instrumento prático de exemplo para a vanguarda combativa do país superar o coorporativismo e o sectartismo que a
mantém em lutas isoladas e dispersas.
c) Agit. Prop.
Existe a necessidade de propagandear o Fórum nas respectivas bases, o que seria feito durante as atividades estudantis do Congresso da UFC, nas campanhas salariais do semestre, nas lutas de sem tetos, assmbléias sindicais, etc.
3. Encaminhamentos
a) Encontro regional Nordeste do Fórum
Ficou como data do Encontro o dia 21 de agosto (sábado), de 09:00 as 13:00 horas. As pautas seriam conjuntura nacional, armar a classe frente às eleições e depois delas e campanhas salariais.
b) Cartaz do Encontro Regional
A TRS ficou de elaborar proposta de cartaz.
c) A OCC-UFC ficou de conseguir o auditório da FACED até quinta dia 05 de agosto para o Encontro. Não sendo possível, a TRS arranjará algum sindicato.
De qual unidade precisamos?
Contribuição para uma avaliação do II Congresso da CONLUTAS e do Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), Santos/SP, junho de 2010
A Associação dos Servidores do INES/Seção Sindical (Assines-SSind) divulgou o II Congresso da Conlutas e o Conclat na sua base, incentivou a discussão das teses apresentadas, convocou uma Assembléia, promoveu um debate e, por fim, enviou alguns delegados que participaram ativamente de todas as discussões travadas em Santos. Neste sentido, face aos acontecimentos que já são de amplo conhecimento, esta Associação – sabedora de que há ainda muito a ser feito, especialmente no sentido de aprofundar esse debate com suas bases – visa contribuir agora para as tarefas que se colocam para o nosso Sindicato e para os demais sindicatos combativos, assim como para todos os militantes da Classe Trabalhadora.
Considerando que:
1) A Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) foi uma Central Sindical e Popular criada a partir do I Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONAT), realizado em Sumaré/SP em maio de 2006, do qual participaram cerca de 2.700 delegados dos mais de 3.500 eleitos na base, para lutar contra os patrões e o governo Lula/PT (representando a continuidade das políticas neoliberais), e que, para isso, também deveria combater as centrais sindicais pelegas e governistas;
2) A Conlutas, após participar ativa e corajosamente de importantes lutas da classe trabalhadora brasileira, especialmente nos primeiros anos de sua fundação, passou por um processo de dissolução nos últimos anos em prol da criação de uma nova Central com outros setores, em especial, com a Intersindical, que negava se integrar à Conlutas e que congregava uma série de grupos, alguns dos quais ainda ligados à CUT;
3) Neste ano, foi convocado um amplo Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat) no qual se iria acabar com a Conlutas e se criar uma nova Central, com a presença de uma parte desses setores;
4) Apesar das várias divergências políticas a respeito deste processo e das limitações indicadas a seguir, centenas de entidades de trabalhadores compareceram ao Conclat e seus cerca de 3.100 delegados votaram pela criação de uma nova Central, sendo que, na votação a respeito do nome da nova entidade, alguns setores se retiraram da Plenária, o que deu origem a novas divergências e a um novo processo de disputa a respeito dos rumos do movimento e da direção da nova central que se denominou, em votação, Conlutas-Intersindical: Central Sindical e Popular.
Avaliamos que:
1) O debate e a mobilização para a criação desta nova central não foram tão amplos em relação à tarefa que está colocada para a Classe Trabalhadora na conjuntura atual e, salvo algumas poucas exceções, ainda não chegou às bases das entidades, aos locais de trabalho e à grande massa desorganizada dos trabalhadores;
2) Os critérios estipulados antes e ao longo do processo de criação da nova central acabaram por cercear a discussão e reproduzir práticas que os setores classistas e combativos do movimento sindical denunciam há décadas, como foi o caso dos altos preços cobrados para a participação; dos observadores não terem direito à voz e, por fim, sua quase expulsão do Plenário; o caráter acessório que foi atribuído aos grupos de discussão, que não levaram muitas propostas ao Plenário; apesar da discussão de algumas questões importantes, especialmente do ponto de vista organizativo (caráter da central, composição de sua direção, etc), outras discussões centrais foram deixadas de lado (como de programa e estratégias de luta) em detrimento de outras questões (nome);
3) A nova Central nasce dividida e a maneira como ela se formou e como vem se dando a disputa pela sua direção, ao invés de fortalecer, está enfraquecendo a luta por uma verdadeira unidade da classe trabalhadora e a torna um instrumento muito débil para dar o devido enfrentamento aos patrões, ao governo e às centrais pelegas e governistas, tal como se verifica nas notas de avaliação divulgadas após o Conclat, que foram assinadas pelas mesmas entidades que se propuseram antes a se unificar e que, teoricamente, teriam se dissolvido (parte da Intersindical e Conlutas), assim como na recente Nota em que a Secretaria eleita em Congresso assina como “Secretaria Executiva Nacional (Provisória) da Central Sindical e Popular fundada no Conclat” e retira a “Intersindical” do nome;
4) A unidade que deve ser defendida pelos lutadores é a unidade daqueles que querem lutar, ou seja, daqueles que fazem o combate intransigente frente ao governo Lula/PT e às suas centrais coligadas: CUT, CTB e demais centrais pelegas;
5) A luta por esta verdadeira unidade se dará a partir da base, com a organização dos trabalhadores em entidades e oposições combativas contra os governistas da CUT, CTB, Força Sindical, etc, que organizem todos os trabalhadores a partir dos seus locais de trabalho e lutem efetivamente contra os patrões e as direções vendidas dos sindicatos patronais e/ou governistas a partir de greves gerais, estratégias combativas de luta e de uma agenda anti-governista de lutas;
6) Essa unidade, portanto, só será possível caso os militantes que atenderam ao chamado da antiga Conlutas e, agora, da “Central Sindical e Popular fundada no Conclat” venham a defender e a lutar intransigentemente contra as centrais pelegas e governistas, o que significa, na prática, fazer o trabalho de base – formar, organizar e fortalecer estas oposições na base, assim como defender uma agenda anti-governista de lutas das diversas categorias frente aos patrões, buscando unificar as lutas da classe contra a fragmentação e a falsa “unidade dos trabalhadores” defendida pela CUT e demais centrais pelegas;
7) Essa é a única maneira de fazer com que essa nova Central – que devemos lutar para construir – se apresente como um instrumento eficaz de luta e como uma verdadeira alternativa de direção para a classe trabalhadora.
Rio de Janeiro, 23 de junho de 2010.
Assines-SSind
Caros Culturais,
LIQUIDAÇÃO DA CONLUTAS E FRACASSO DO CONCLAT: O DESTINO DO OPORTUNISMO É A DERROTA DA CLASSE
UNIPA – União Popular Anarquista
Nos dias 03 e 04 de junho aconteceu o II congresso nacional da CONLUTAS e, nos dias 05 e 06 houve o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora - CONCLAT, este último convocado para a unificação da CONLUTAS com a INTERSINDICAL. O resultado final de ambos os congressos foi um retumbante fracasso. Infelizmente, tal fracasso não foi apenas o dos objetivos oportunistas de PSOL e PSTU, também foi uma derrota da classe trabalhadora em relação às tarefas organizativas essenciais que precisamos cumprir para fazer frente ao governismo, que impõe a apatia e o imobilismo aos trabalhadores com o objetivo de facilitar a deterioração das nossas condições de trabalho e o ataque de governos e patrões aos nossos direitos.
A UNIPA combateu e combate o oportunismo do PSTU, setor majoritário da falecida CONLUTAS.[i] A exatamente 4 anos atrás nós afirmávamos:
“...a nova central (CONLUTAS) deve ser entendida como o grande campo anti-governista do Brasil e, como tal, deve ser disputada pelos revolucionários, para que o oportunismo eleitoral e as tendências burocratizantes do campo majoritário não prevaleçam.A tarefa agora é consolidar a CONLUTAS enquanto entidade representante do setor anti-governista da classe trabalhadora, para isso sua construção pela base tem que ser fomentada. Portanto, se faz necessária a construção de uma política efetiva de atração das demais frações do proletariado brasileiro. Ao mesmo tempo é urgente o estímulo a organização das oposições sindicais dos setores privados.” (CONAT: A construção da Central do proletariado Brasileiro. In: Causa do Povo, 25, junho/julho 2006. Encontrado: www.uniaoanarquista.org)
Infelizmente, as tendências burocratizantes que combatíamos levaram o PSTU muito precocemente à uma política de liquidação da CONLUTAS para adequar-se às exigências chantagistas de setores do PSOL que se negaram a romper com o governismo no movimento sindical/popular. Assim, viu-se uma CONLUTAS, guiada por seu setor majoritário, que abdicou de todas as tarefas essenciais para sua consolidação, como a construção pela base, a organização das oposições sindicais e a integração das frações mais exploradas do proletariado. Indo justamente contra as tarefas que deveria cumprir, o setor majoritário insistiu no chamamento da INTERSINDICAL para-governista para integrar-se ao projeto, mesmo tendo consciência que isto acabaria com o caráter anti-governista que era fundamental para a CONLUTAS.
A exclusão dos trabalhadores pelo setor majoritário da CONLUTAS.
Desde o início das negociatas entre PSTU e PSOL, em curso desde 2006, para se fazer a fusão, nós indicamos que tal método cupulista era extremamente danoso para o desenvolvimento da CONLUTAS enquanto alternativa de organização para o conjunto da classe trabalhadora e, por conseguinte, para o projeto de unificação das lutas em torno de um programa classista. Nos últimos anos, a unificação sistemática das ações da CONLUTAS com as centrais governistas (CUT e CTB) foi o pior sintoma da degeneração política que este tipo de relação com a INTERSINDICAL poderia causar.
Já durante o processo de preparação dos congressos de Santos, a falta dos debates nas bases e a recusa da discussão programática também já davam a tônica da política desorganizadora e desastrosa que PSOL e PSTU forjavam nos acordos entre suas respectivas correntes. Nos acordos de cúpula celebrados entre PSOL e PSTU já havia sido definido de antemão a restrição da participação de uma fração inteira da classe trabalhadora: os estudantes, que puderam tirar apenas cerca de 120 delegados. Isso mesmo antes da deliberação congressual sobre o caráter da nova central.
Assim, o congresso da CONLUTAS foi construído com a presença de aproximadamente 1800 delegados, o que representou uma perda de mais de 30% em relação ao número de delegados dos congressos anteriores (Betim, com 2814 e Sumaré, com 2729). Já o CONCLAT teve cerca de 3100 delegados, o que representa um acréscimo de apenas 10% em relação ao penúltimo congresso da CONLUTAS em Betim, que não teve a presença do MTL. Ou seja, a política levada a cabo pelo PSTU durante praticamente todo o período de existência da CONLUTAS afastou a base para promover a unificação com um setor sem a menor representatividade na classe. E ainda assim (ou talvez por conta disso) fracassaram.
A INTERSINDICAL, para quem o PSTU armou a festa, assim como fez o acordo o desfez: pela cúpula. Saiu do CONCLAT sem nenhum ônus político, pois nunca teve base para prestar satisfações. Já o PSTU, além da desmoralização, liquidou a CONLUTAS na certeza da unificação e, no fim das contas, ainda teve a deserção da CST/UNIDOS como saldo. Mergulhou no ridículo ao afirmar a criação da fraude CONLUTAS-INTERSINDICAL e levou consigo, infelizmente, o crédito da classe trabalhadora numa central classista a ser construída a curto prazo.
Até as vésperas do CONCLAT, no derradeiro congresso da CONLUTAS, expusemos a crítica sempre afirmando que o resultado de tal oportunismo seria a destruição do projeto classista dos trabalhadores, tal como já denunciávamos desde 2006. Assim como nós, várias outras forças minoritárias que atuavam dentro da conlutas já indicavam o resultado dessa política oportunista. Assim, fica evidente que o PSTU não desconhecia a possibilidade do efeito desorganizador desastroso para a classe trabalhadora que essa fusão representava. Muito pelo contrário, não só o setor majoritário conhecia essa possibilidade como aceitou como plausível tal retrocesso na política classista desde que seus interesses estratégicos de aliança com o PSOL pudessem ser atendidos. PSTU e PSOL jogaram contra os interesses da classe trabalhadora assim como fizeram muitos PCs stalinistas pelo mundo e assim como fez e faz o PT desde seu surgimento até hoje.
A alma petista de PSOL e PSTU também se manifestou de outras formas, como a extrema burocratização e autoritarismo dos congressos, que cassou o direito a voz dos observadores, cobrou taxas exorbitantes para divulgação e venda de materiais políticos tinha como objetivo inocultável impedir a manifestação da base e de forças minoritárias; e a capitulação aos moldes burgueses, com a terceirização da organização dos eventos e a atuação constante de militantes do PSTU em defesa dos caprichos dos donos do centro de convenções, ameaçando militantes das forças minoritária com multas e outras punições pelo simples fato de expormos nosso material de propaganda em áreas que desagradavam aos proprietários burgueses.
O compromisso com as tarefas fundamentais da classe garantido pela base
Durante a história da CONLUTAS os militantes da UNIPA sempre afirmaram a necessidade da construção da central dos trabalhadores pela base. Nesse sentido atuamos na base de nossas categorias e nos organizamos dentro da CONLUTAS com outras forças minoritárias para defender este e outros pontos programáticos classistas. Este trabalho que assumimos permitiu um pequeno, mas significativo, acúmulo de forças nas bases de diversas categorias para propor a plenária de movimentos de oposição durante o CONCLAT.
Apesar da inferioridade numérica, sem dúvida foi dessa plenária que saiu a única proposta concreta de construção de uma alternativa à hegemonia governista que paralisa o movimento dos trabalhadores em todo o país. Composta por integrantes de oposições sindicais de base de várias regiões, a plenária assumiu para si a tarefa de defender a construção pela base de um instrumento classista de unificação das lutas do proletariado. Com a deliberação de criar meios de integração inicialmente das oposições ali presentes e realizar outras reuniões nacionais de oposições classistas e combativas.
A UNIPA desde 2006 apontou políticas necessárias para reconstrução do movimento sindical, particularmente. Apontávamos, e continuamos a afirma que a necessidade de um movimento sindical pela base que rompa com o legalismo, o corporativismo e a ilusão democrática burguesa da via parlamentar. Durante todos esses anos reafirmamos a necessidade de lutar contra a estrutura sindical e construir uma política efetiva de rompimento com o governismo e com o método de luta, pacifista e legalista. Uma vez que o setor majoritário só retrocedeu nestas políticas, ou sequer tentou implementá-las desde 2006, isso culminou na infeliz liquidação da Conlutas no deplorável congresso de Santos. Convocamos todas(os) para construir um forte movimento de construção do sindicalismo classista e combativo, pela base – organização por local de trabalho - que tenha como norte a política de anti-conciliação de classe, anti-governista, que lute para destruir o sindicalismo de estado – fim do imposto sindical por exemplo - e que não tenha como centro da ação política a luta parlamentar.
[i] Para acompanhar este debate ver os comunicados números 11, 19, 23, 24 e 25 e os números do jornal do “Causa do Povo” 24, 26, 28, 29, 37, 43, 48
Abaixo o Sindicalismo de Estado!
Construir um Sindicalismo Classista e Combativo!
Por um Movimento Nacional de Oposições Sindicais Populares Estudantis!